Terra Encantada

JARMELO

Casa dAs  jarmelistas
Castro estratégico lusitano
Castro estratégico lusitano
Castro estratégico lusitano
Jarmelo, um castro estratégico lusitano. Construído à volta de dois picos a 942 metros acima do nível do mar. Sob Viriato e mais tarde Sertório, enfrentou o poder dos exércitos de Júlio César e o poder de Roma até que ambos os chefes foram traiçoeiramente assassinados. 

A Legio XIII (Gemina) ocupou a Lusitânia. A fortaleza e o povoado que abrange as duas colinas eram chamados de Germanellus (latim para pequenos gêmeos). Uma estrada, partindo do Império, apareceu. A cerca de 800m atravessou uma ribeira, a Ribeira das Cabras. A ribeira havia-se tornado uma fronteira. A portagem era paga lá. Hoje chamamos-lhe Porto Jarmelo
 Quando Honório era o imperador romano do Ocidente, os suevos cruzaram o Império até chegarem à Galletia em 406. Eles estabeleceram um pacto, um foedus, com o imperador Honório. Isso permitiu a existência do Regnum Suevorum independente, desde que seu rei aceitasse a supremacia do imperador romano. O primeiro rei suevo (Hermerico) reinou de 409 a 441 sobre o então conhecido como Jarmelo. 

O Reino dos Suevos durou até 585, quando os Visigodos converteram o Reino dos Suevos
 na Sexta Província do Reino Visigótico. Ocupava uma colina próxima, 1.056 m acima do nível do mar, com uma cidade, Ward. Mais tarde chamar-se-á Guarda. 

CASAL  DE CINZA

Casa de Fragas  e  Colinas

UMA PARÓQUIA, UMA TERRA DA ORDEM MILITAR DE MALTA PARA CRIAR JARMELISTAS.
UMA TERRA DE GUERRA , DE AMOR E DE PAIXÃO.
Na Guarda, D. Sancho I (1185-1211) estabeleceu, para a Ordem de Malta, o Padroado da Igreja de Santa Maria do Mercado com um Cazal: o Cazal Cinza; hoje Casal de Cinza Muito perto de Casal de Cinza, Ribeira das Cabras era, no final do século XII, a fronteira entre o Reino de Leão e o Condado de Portugal. Cavaleiros – Frades da Ordem de Malta, vieram depois para Cazal habitar Cazal Cinza. 

O Casal de Cinza voltado para as colinas gémeas de Jarmelo pertencia à comenda de Oliveira do Hospital da Ordem de Malta. 

Em 1237, com D. Sancho II (1223-1248), Pero Afonso e sua esposa Maria Mendes de  Casal de Cinza da Ordem de Malta, doaram ao Convento de Santa Maria de Aguiar (Castelo Rodrigo) da Ordem de Cister, Porto Jarmelo, Vale de Frades, Nave da Freira, Lage Branca. Foi o primeiro documento das terras das Fragas e Colinas. 

No brasão de  Casal de Cinza permanece até hoje o Octógono. A Cruz da Ordem de Malta. A cruz de oito pontas simboliza as oito virtudes: Lealdade; Fé; Sinceridade; Humildade; Justiça; Piedade; Coragem; Generosidade. 

A terra mais encantada não poderia ser senão o terreno das Jarmelistas.

A terra mais encantada

Lt-col. William Tomkinson (1790-1872) 
Oficial de Cavalaria na Guerra Peninsular.
Em 1810, o alferes William Tomkinson (1790-1872) desembarcou em Portugal com o exército de Wellington. Ele estava a servir nos 16º Dragões Ligeiros. 

Marchou sob o comando do General Cole para a Guarda. Esteve durante quatro anos na Guerra da Península e serviu em Waterloo. Wellington no final de agosto de 1810 ordenou ao General Cole que estabelecesse uma rede de informação para seguir os movimentos, recolher informações e perseguir as tropas napoleónicas sob o comando do Marechal Massena, com a ajuda da milícia portuguesa. William Tomkinson foi então deixado numa posição arriscada e muito perigosa atrás das linhas inimigas para reunir informações sobre as tropas de Massena.

Foi para uma aldeia, João Bragal (Joe Bugal), na freguesia de Casal de Cinza. Ele manteve um diário.
Copiamos a entrada de 29 de agosto de 1810:
DIÁRIO DE SIR WILLIAM TOMKINSON
"29 de agosto. General Cole ordenou-nos que fossemos para Joe Bugal que vigiássemos a estrada principal de Almeida à Guarda. Neste dia do mês marchámos até ao terreno de onde agora partimos. Era um acampamento excelente, as árvores ofereciam sombra fresca; e durante o tempo que estivemos lá, cada homem tinha uma boa cabana e o acampamento tinha a aparência de uma pequena aldeia. Estávamos muito mais seguros de qualquer ataque repentino, tanto os homens como os cavalos continuavam saudáveis, por terem bastante para comer e algo para fazermos. Conseguíamos tanto pão de centeio, carne de carneiro, batatas e farinha de trigo quanto desejávamos dos moinhos próximos, e os cavalos levavam no carro tanto centeio e palha quanto podiam comer, e de vez em quando um pouco de trigo quase maduro." *
* O Diário de um Oficial de Cavalaria na Guerra Peninsular e na Campanha de Waterloo, 1809-1815, Swan Sonnenchein, Londres.
 Na verdade, uma terra encantada. Agora, as cegonhas chegam na Primavera, têm os seus filhotes. Para criar um voo de sonho e fantasia. Mas nesta Terra Encantada sonho, amor e fantasia, outrora foram o coração de uma trágica história de amor.

A TRAGÉDIA

Pedro  e  Inês

 A tragédia de Pedro e Inês foi até Romeu e Julieta de Shakespeare, a primeira história de amor trágica da Europa. Inúmeras peças e óperas foram escritas em vários idiomas.
A TRAGéDIA


O infante Pedro (1320-1367), a caminho do casamento com D.ª Constanza Manuel, apaixonou-se por Inês de Castro, dama de companhia da sua noiva. Inês deu-lhe três filhos. 

O seu pai, D. Afonso IV (1291-1357), por razões políticas e diplomáticas, mandou assassinar Inês (7 de Janeiro de 1355) na frente dos filhos. 
Um dos assassinos era do Jarmelo.

 O coração de Pedro transformou-se no granito do Jarmelo. Quando Pedro se tornou rei de Portugal, Pero Coelho, o assassino de Jarmelo, foi imediatamente condenado. O Rei manifestou ainda o seu profundo amor e tristeza ao mandar arrasar o Jarmelo e salgar a terra circundante. 

Na sua coroação, Pedro mandou exumar o corpo de Inês e sentou-a num trono ao seu lado. Todos os Bispos, Clérigos e Fidalgos foram obrigados a beijar o seu anel real e ele fez questão de que todos beijassem a mão da falecida Rainha, Inês. 

Um amor para a eternidade por ter um encontro na Ressurreição Cristã. Pedro mandou esculpir dois magníficos túmulos na Abadia de Alcobaça. Um para ele, outro para a Inês. Eles enfrentam-se. No início do Fim Cristão na Terra e no início da Eternidade a primeira visão de Pedro e Inês será um do outro.
LUSIADAS

Ignez de Castro

Em 1572, Luís de Camões escreveu, em dezasseis estrofes, nos Lusíadas a tragédia de Inês de Castro. Posteriormente, foi publicada em vários idiomas: português, latim, espanhol, italiano, francês, inglês, alemão, holandês, sueco, dinamarquês, húngaro, boêmio, polonês, russo, japonês, mandarim.
oPERA

Inês de Castro

Dezassete  operas foram compostas, inspiradas no trágico romance de Pedro e Inês de Castro. Cari Giorni da  Opera Inês de Castro,  composta por Giuseppe Persiani (1799 - 1869) e interpretada por Dame Cecilia Bartoli.

A partir desta história de amor  cresceu 
a melhor terra para os Jarmelistas.

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